Você conhece esta técnica? Conhece as cadeias musculares?

Fui apresentada a esse trabalho em meados dos anos oitenta, após ter ficado “travada” em meu consultório. Não conseguia mexer minha perna… um pinçamento no nervo ciático. Nessa época, eu tinha várias enxaquecas, dores no pescoço e torcicolo. Fui avaliada então por Ângela Beatriz Varella, fisioterapeuta e responsável pela clínica de fisioterapia. Após a primeira sessão, descobri que levaria esse trabalho de antiginastica na minha vida até morrer!

A Antiginástica foi criada na década de setenta pela fisioterapeuta francesa Thérèse Bertherat, após observar o corpo e entender seu potencial e os obstáculos que criamos. Seu trabalho baseou-se nas pesquisas de outra francesa, Françoise Mézières, que estudou a poderosa cadeia de músculos entrelaçados na parte de trás do corpo, desde a base do crânio até debaixo dos pés.

O material utilizado vai desde bolinha de tênis até bastões, rolos, blocos de madeira, elásticos, etc. O trabalho consiste em você perceber seu corpo e entender o que ele está “falando”. O fisioterapeuta vai orientando o que você deve fazer, sem demonstrar mais do que o necessário, pois você precisa se conectar com o seu corpo. Geralmente esse trabalho ocorre em grupo e não adianta copiar o colega ao lado porque cada um tem seu próprio movimento corporal.

Nesta semana, comemorei trinta anos de prática em antiginástica. Sem dores, sem enxaquecas, sem pinçamentos e torcicolos! Quando o corpo reclama procuro entender como estão minhas emoções e meu momento de vida.

Cuide do seu corpo, da sua alma, da sua mente. Seu corpo conta sua história e suas emoções. Ele precisa chegar inteiro ao final dessa jornada.

Quero envelhecer calçando minhas sandálias, banhando meu corpo sozinha, vestindo minhas roupas, fechando meu soutien, colocando minhas calcinhas, penteando meus cabelos e escovando meus dentes. Pense em cada movimento desse. O que você escolhe?

Que venham mais trinta anos de antiginástica!

Bom Dia!