Despersonalização

Já ouviu falar ou conhece alguém que sofra desse Transtorno?

Há quinze anos atrás recebi em meu consultório uma cliente que trazia a queixa de não se sentir adequada, que muitas das vezes não se reconhecia e sentia que funcionava no “automático”. Após alguns encontros acreditava que estava diante de um quadro depressivo. Foi encaminhada ao psiquiatra e assim medicada.

Ao longo dos anos os relatos traziam um isolamento, pouca convivência social, profunda frustração e medos. Relatava o sentimento de estranheza, “como se” não pertencesse aos lugares e o grande medo de estar enlouquecendo.

Em uma das crises, buscamos outro psiquiatra, que trouxe o diagnóstico preciso, Transtorno de Despersonalização (DPD), uma desordem neuropsiquiátrica. Embora pouco conhecida, milhões de pessoas são portadoras no mundo e muitas sem diagnóstico exato.

“Pessoas com transtorno despersonalização descrevem um sentimento de desapego com a realidade, como se fossem robôs vivendo em ”modo automático”, com ausência de emoções, boas ou más. Relatam que sentem como se estivessem observando suas vidas através de uma placa de vidro ou de uma névoa densa, às vezes parece um filme.”

Os sintomas estão ligados à depressão e à ansiedade; pode ocorrer também isoladamente. Algumas drogas, como a maconha, podem levar a episódios de despersonalização. Outros gatilhos podem levar ao transtorno, tais como um único evento traumático ou extensos períodos de abuso físico ou emocional. O Transtorno de Despersonalização pode ser temporário, por alguns meses ou por longos anos.

O importante é que a pessoa que apresente esse transtorno se conscientize que não está sozinho, não se isole, mesmo sendo difícil, e busque ajuda de um bom psiquiatra e de um boa psicoterapia.

Bom Dia!

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